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Jogar vídeo game não é pra mim

em 09/09/2015 por Karen Bachini

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Eu cresci numa família super tradicional numa cidade pequena do interior. Quando você mora num lugar assim acaba crescendo com muitas regras e tradições em volta de você.

“Carrinho é brinquedo de menino, você precisa brincar com suas bonecas.” “Brincar na rua com os meninos? Jamais! Você é menina, precisa fazer coisas de meninas.” “Vídeo games são para meninos.”

Essas são só algumas das regras que eu já ouvi por aí, mas a verdade é que mesmo sendo super liberal, a gente ainda tem preconceitos sobre o que os meninos e meninas podem fazer.

Mesmo os meus pais não achando errado que eu jogasse vídeo game eles com certeza preferiam que eu passasse meu tempo fazendo outra coisa, tipo brincar de bonecas, desenhar ou cozinhar, porque essas eram coisas apropriadas para meninas. E por mais que eu pudesse jogar em casa, ir naquelas lojas cheias de computadores (chamadas lan houses) era muito errado – proibido para mim.

E eu nunca entendi porque eu não podia ir num lugar onde as pessoas faziam exatamente o que eu gostava de fazer – jogar vídeo game. E meu pai sempre me disse que não existia amizade entre meninos e meninas, e que eu só podia ter amigas meninas – que não jogavam jogos como eu gostava de jogar, afinal essa era uma coisa de menino, e quase nenhuma menina fazia isso na época.

Eu me sentia estranha, um peixe fora d’água, vivendo num universo onde a maioria das pessoas era normal e EU era diferente e errada, porque gostava de fazer coisas que não eram certas aos olhos dos outros, mas dentro do meu coração eu nunca vi nada errado nisso.

Além de sofrer preconceito fora do mundo dos jogos, também sofria no mundo dos jogos. Os meninos que jogavam sempre esperavam menos de mim, e achavam impossível que eu fosse menina. Inclusive um grupo de jogadores uma vez apostou que eu era um homem me fazendo passar de menina, acreditam?

Muitas vezes eu jogava os jogos com nomes de meninos, e nunca colocava um nome que me identificava como menina, no máximo algo que podia ser nick de homem ou mulher.

Eu nunca fui uma pessoa fácil de intimidar, e sempre tive na cabeça que jogar vídeo game não tinha nada de errado, porque não tinha mesmo. E se era uma coisa de meninos ou de meninas? Isso nunca importou pra mim, porque sempre acreditei que as pessoas podem gostar do que quiserem, independente de sexo ou gênero. Eu continuei jogando games, e comecei a achar mais meninas que jogavam também. A gente acabava formando grupinhos e jogando juntas sabe? Era muito legal compartilhar um interesse com alguém que sabe o que você passa, que te defende, que te entende.

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Hoje já é muito fácil encontrar meninas que jogam, sejam jogos de celular, de computador, de consoles, de tabuleiros, etc… Hoje a gente tem até grupos de meninas que jogam, e vira e mexe nos juntamos pra jogar juntas. Conversamos, trocamos dicas e até falamos de outras meninas que jogam – e são até famosas por isso. Mas antes quase nenhuma menina jogava. E eu preciso admitir que metade da satisfação que eu sinto em jogar hoje é porque eu nunca deixei de fazer o que eu amava porque os outros achavam que não era certo. Eu sempre fui quem eu sou independente do que os outros pensavam.

Você talvez tenha passado por algo como eu e foi julgado por fazer algo que outras pessoas diziam não ser apropriado para você por causa do seu sexo. Talvez você tenha deixado de fazer algo porque isso “não era pra você”. E fique sabendo que muitas mulheres deixaram de fazer coisas por esses motivos. Você não está sozinha.

Eu e quem disse, berenice? acreditamos que toda mulher deve ser LIVRE pra fazer o que ela quiser, o que ela achar que é para ela. Usar batom vermelho, arrasar no esfumado com glitter, cor, tudo que você quiser. E ainda deve usar essa maquiagem para, se você quiser, ir na farmácia comprar camisinha ou assistir um jogo de futebol.

Para mim o mais incrível é que quando você ama alguma coisa você faz aquela coisa ter a sua cara. Tipo a minha casa, é toda gammer, mas tem cara de casa de menina – menina que joga.

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Faça a sua vida do seu jeitinho! Com as coisas que você mais ama, e nunca deixe de fazer algo porque alguém acha que você não deve. A gente já tem “não” demais na nossa vida. Vamos nos dar mais “sim” porque nós merecemos!

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Conversa com a gente
  1. macomic
    09/02/2017 às 13:10

    sou homem, hetero, gosto bastante de estudar e videogames. passei minha juventude inteira procurando uma garota que gostasse de jogar videogame mas casei aos 21 com uma mulher que detesta videogame.

    ela me diz que qualquer mulher que goste de qualquer coisa competitiva (motocross, futebol, videogames, etc.) não é real e é só pra impressionar algum macho… triste, não?

  2. João Ribeiro
    09/09/2016 às 15:57

    Eu sou homem, tenho 30 anos e nunca na vida joguei videogame nenhum. Há muitas mulheres que jogam e eu não sou nem nunca fui machista e se uma amiga minha ou mesmo se tivesse namorada ou mulher, obviamente que não me importava nada, não me aquecia nem arrefecia, desde que não me obrigassem a jogar. Sou homem, não jogo e nem nunca vou jogar. Ao menos que haja alguém original, pois desde que surgiu a era eletrónica, a revolução e o grito de ipiranga é mesmo alguém que se esteja a cagar completamente para videogames

  3. 06/11/2015 às 02:59

    Parabéns pelo canal, adoro games e meu jogo favorito é Dragon Ball Z

  4. Leila
    01/10/2015 às 17:42

    Gente, na minha casa nunca teve isso não. Eu e minha irmã caçula jogávamos com nossos dois irmãos numa boa, só rolava horário para fazer isso. A gente contava os segundos pra chegar a hora de jogar o Super Mário. Nossa como amava aquele joguinho. Sério!!! Quando ouço a musiquinha dele rola até uma nostalgia… só me vem meus 03 irmãos na cabeça. Éramos muito viciados nisso. Meus pais até preferiam isso do que a molecada na rua o dia inteiro. Hoje em dia eu e o marido compramos nosso PS3 e alguns jogos, mas ainda não me identifiquei com nehum deles e acabei desistindo de alguns. Mas no meu celular tem vários App de jogos de memória, corrida, luta, gente de ” luta”. Pareço menino né… e tenho 33 anos. Pode?

  5. 11/09/2015 às 21:44

    Me descreveu nesse post, sério, hahaha…
    A única diferença é que meus pais super apoiavam, inclusive eu jogava com meu pai (desde os 6 anos, ele quem me inseriu nesse mundo). Mas ainda assim tinham umas restrições, como essa questão de ir em lanhouse, hahaha…
    Devemos nos permitir a sermos felizes do jeito peculiar que somos <3

  6. 11/09/2015 às 10:32

    Não vamos falar de jogos pq eu era viciada em Tibia hahahahahaha momento (WTF?) kkk

  7. 11/09/2015 às 00:38

    Kah, passei exatamente pela mesma coisa durante a infância e era bem chato mesmo! Hoje em dia faço questão de deixar minha filha brincar com o que quiser, e não me espanta nada o fato dela AMAR video games (orgulho)! :D

  8. Polianna
    10/09/2015 às 19:19

    Hahaha, passei pelas mesmas coisas, a diferença é que por morar no interiorzão não tínhamos muitas lan houses. Kah, faça um vídeo falando do seu pc de duas telas e tal. :) Beijos.

  9. 10/09/2015 às 16:48

    Esse é seu quarto ? Tipo extremamente perfeito, amei.
    E adorei o post. Acho que não existe isso de meninos e meninas, como você disse temos que fazer algo que nós faz bem. Também gosto de jogar e é isso ai. *–*
    Darkelf1.wix.com/blood

  10. Aline F
    10/09/2015 às 14:28

    Kah! Eu amo jogos mas só jogo na casa de amigos. Queria comprar meu primeiro video game. Qual você me recomenda?

  11. 10/09/2015 às 13:27

    Eu sou chefe onde trabalho, tinha uma epoca que ser chefe nao era para mulher kkk
    adorei a ação..LINDONA DO MEU CORAÇÃO

  12. Ludmila
    10/09/2015 às 11:41

    Adorei o post! Tive que escutar da minha mãe, aos 30 anos de idade, que ficava acordada até duas da manhã assistindo aos jogos de futebol americano (NFL) para impressionar o marido. Já meu marido acha o máximo eu entender e gostar de esportes (eu fosto mais de FA que ele, por exemplo) e se considera sortudo. Só não gosta do assédio que gera. Homem não sabe lidar com mulher que gosta de “coisas masculinas”.

  13. ina
    10/09/2015 às 11:37

    Kah!! Dá dicas dos jogos que você curte jogar!

  14. Polyana Welida
    10/09/2015 às 11:14

    Karen, eu sei exatamente o que você passou! Eu gosto de games desde que me conheço por gente, e na minha infância era algo muito errado uma menina gostar dessas coisas. Imagina só quando meu tio abriu uma locadora de games, e as pessoas podiam ir até lá para jogarem, eu não saia mais de lá, até que meus pais começaram a me proibir. Daí continuei jogando escondido até onde pude. No dia que eu ganhei um computador pedi meu primo pra me passar jogos, tipo o lineage (na minha época era um jogo muito top) e minha mãe me proibiu de usar o computador. Ela achava que eu devia combinar com minha amigas pra brincar de casinha e bonecas, e não ficar enfiada no computador com meus primos. Só que conversei com meus pais, sempre fui aquela aluna CDF e arrumava a casa todos os dias, eu não via problema em meu tempo livre fazer algo que eu gostava. Até que eles começaram a deixar, hoje sou a louca dos games HAHA E até conheci um garoto que amava jogar, e no que deu? estamos juntos a quase três anos hahaha E não é por isso que não uso maquiagem ou roupas da moda, pelo contrário, amo tudo isso! Acho que quando nós mulheres nos permitimos a fazer o que gostamos, ninguém irá interferir na nossa felicidade! Por isso amei essa publicidade da Quem disse, berenice?. Achei super convidativa para as mulheres que ainda estão presas em esteriótipos. Um beijo Kah!

  15. 10/09/2015 às 10:51

    Cara passei muito por isso quando eu jogava futebol! Sofria bullying na escola, era a Maria Macho, a “sapatão”, a que nunca era vista como menina, e sim como um moleque. Inclusive pelos professores. Minha mãe odiava que eu jogasse futebol, me proibia de ir em campeonatos…só meu pai que dava apoio, até o momento que fiz 15 e ele achou que era hora de acabar a fase “menininho”.
    Foi péssimo não ter mais apoio. Acabei me lesionando sério e tive que parar de jogar.
    Podemos ser e fazer o que queremos, de gamers a mecânicas! Isso aí!

    PS. Adoro sua decoração s2
    Beijos Kah!

  16. Ina
    10/09/2015 às 10:32

    Kah! Dá dicas sobre os games que você mais curte! :D

  17. Julia Naito
    10/09/2015 às 00:40

    E é incrível como mesmo tendo mais meninas jogando o preconceito ainda é grande. Quantas vezes não ouviu “ai tinha que ser menina”.. “deve ser menina”… eu tb deixo meus nicks neutros pq prefiro me passar por menino para não ter que ficar me amolando. E tirando que não é só o fato de coisas serem para meninos e para meninas, os pais acham que é coisa inútil! Pra mim mesmo com mais idade sofro muito com isso, porque é um hobby e não minha profissão, por mais que eu goste dela. Kah adorei qdo te conheci, vc em todos os videos mostra como vc é, principalmente no snap! Grave mais gameplays PLISSS!!!! Bjuuss

    • 10/09/2015 às 17:04

      Então isso é, eu tenho um amigo que jogava MAGIC e os pais dele diziam que não ia levar ele a lugar nenhum, daí ele ganhou um campeonato e o prêmio era uma viagem para o Japão, pra competir lá. Aí ele falou: é mãe, magic me levou no lugar mais longe onde eu podia ir UHIAHUIEAUHIEHUIA

  18. Franci Pacheco
    09/09/2015 às 21:39

    incrível essa campanha, adorei.

  19. 09/09/2015 às 20:21

    Joga WOW? Tem conta no Steam?! Passa pra gente!!!! =D

  20. 09/09/2015 às 16:36

    Demais o post Kah,fazemos o que quisermos né?Mulher pode tudo…hahahh
    Mais vídeo game não é pra mim,pois me dá uma agonia em perder…hihihhh

  21. Maria Gardino
    09/09/2015 às 15:03

    Kah sua linda, sabe me dizer se o hidratante iluminador da guerlain acha no Brasil, ou vc sabe se vai lançar ? beijosss